27.9.07

Só democracia não basta, se aqueles a quem a representação do povo foi confiada traem a vontade da maioria. É o que se infere desta pesquisa.

8.4.07

Mais de uma a cada três notas fiscais apresentadas para justificar gastos com cartões de pagamento do gabinete da Presidência da República contém irregularidades, concluiu auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), conforme informou o 24 Horas News.

22.3.07

Transcrevo abaixo o texto recebido do Ex-Blog do Cesar Maia 22/03/2007:

POPULISMO NA AMÉRICA LATINA: MAIS PRESENTE QUE NUNCA!

Os dez mandamentos do populismo.
Resumo do artigo do historiador mexicano Enrique Krauze, publicado no Estado de SP.

O populismo na América Latina adotou um amálgama desconcertante de posições ideológicas. Esquerdas e direitas poderiam reivindicar a paternidade do populismo, todas ao conjuro da palavra mágica "povo". Proponho dez traços.

1 - O populismo exalta o líder carismático.

2 - O populista não só usa e abusa da palavra: ele se apropria dela. A palavra é o veículo específico de seu carisma. Fala com o povo de modo constante, incita suas paixões, "ilumina o caminho", e faz isso sem restrições nem intermediários.

3 - O populismo fabrica a verdade. O governo "popular" interpreta a voz do povo, eleva essa versão à condição de verdade oficial, e sonha com decretar a verdade única. Os populistas confundem a crítica com inimizade militante, por isso buscam desprestigiá-la, controlá-la, silenciá-la.

4 - O populista usa de modo discricionário os recursos públicos.

5 - O populista divide diretamente a riqueza. "Vocês têm o dever de pedir!", exclamava Evita a seus beneficiários. Criou-se assim uma idéia fictícia da realidade econômica e entronizou-se uma mentalidade assistencialista.

6 - O populista alimenta o ódio de classes.

7 - O populista mobiliza permanentemente os grupos sociais. "O povo" mas uma massa seletiva e vociferante que caracterizou outro clássico, Marx - não Karl, mas Groucho: "O poder para os que gritam".

8 - O populismo fustiga sistematicamente o "inimigo externo". Precisa desviar a atenção interna para o adversário de fora.

9 - O populismo despreza a ordem legal. Há na cultura política ibero-americana um apego atávico à "lei natural" e uma desconfiança das leis feitas pelo homem.

10 - O populismo mina, domina e, em último recurso, domestica ou cancela as instituições da democracia liberal. Ele abomina os limites a seu poder, considera-os aristocráticos, oligárquicos, contrários à "vontade popular".

O populismo tem, além disso, uma natureza perversamente "moderada" ou "provisória": não termina sendo plenamente ditatorial nem totalitária. Por isso alimenta sem cessar a enganosa ilusão de um futuro melhor, mascara os desastres que provoca, posterga o exame objetivo de seus atos, amansa a crítica, adultera a verdade, adormece, corrompe e degrada o espírito público.

1.2.07

Não roubar e não deixar que roubem
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Roubar, deixar que roubem e absolver quem for acusado

O discurso e a prática de um cidadão brasileiro

No discurso, a defesa de ideais que construíram a imagem de um partido político justo, ético, comprometido com o social (enfim, completamente diferente dos outros). Na prática a hipocrisia pura e simples, as mais ordinárias práticas populistas e assistencialistas. No fundo, a ganância pelo poder sobre qualquer outra coisa. No fundo, passiva contemplação de um sistema corrupto, vãs alegações de ignorância, a mais absoluta inércia. No fundo, o descaso com a mais sofrida parcela do povo que, confiando cegamente em seu discurso, lhe depositou confiança; um povo que, contagiado por seu imenso carisma, lhe atribiuiu o voto das urnas; se pudesse teria dado muito mais, tamanha a crença, tamanho o desejo de mudança, tamanha foi a ilusão.

Legislatura passada bateu recorde de investigados

Já vai tarde, deixando lama para trás. Finda a 52ª legislatura, que se encerra, hoje, com praticamente um quinto dos congressistas sob investigação do Ministério Público Federal ou responde a processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF).

O que aconteceu com sua promessa, Sr. Luis Ignácio? Aquela história de "não roubar e não deixar que roubem"? Conte para nós.